O Partenon ou Partenão (em grego antigo Παρθενών, transl. Parthenōn) é um templo da deusa grega Atena, construído no século V a.C. na acrópole de Atenas. É o mais conhecido dos edifícios da Grécia Antiga.
O Partenon é um símbolo duradouro da Grécia e da democracia, e é visto como um dos maiores monumentos culturais do mundo. O nome Partenon parece derivar da monumental estátua de Atena Partenos abrigada no salão leste da construção. Foi esculpida em marfim e ouro por Fídias e o seu epíteto parthenos (em grego παρθένος, "virgem") refere-se ao estado virginal e solteiro da deusa.
O edifício foi construído por iniciativa de Péricles, líder político ateniense do século V a.C., e a sua construção foi supervisionada por Fídias, encarregado também das esculturas decorativas. Os arquitectos foram Ictinos e Calícrates e a construção começou em 447 a.C. e estava substancialmente pronta em 438 a.C., mas a decoração continuou até 433 a.C..
O Partenon, um templo dórico com elementos arquitectónicos jónicos, abrigou a colossal estátua da Deusa Atena Pártenos do escultor Fídias, consagrada entre 439 e 438 a.C. As descrições falam de uma estátua criselefantina (ouro e marfim) de doze metros de altura composta por uma carcaça de madeira revestida por placas de ouro e marfim, material um tanto frágil. Infelizmente não sobreviveu até nossa época.
O templo foi dedicado à deusa da cidade, embora as obras continuassem até o começo da Guerra do Peloponeso. As métopas dóricas na colunata exterior e o friso jónico na parede exterior superior da cella foram completados em 438 a.C. As noventa e duas metópas foram executadas em baixo-relevo, prática até então usada somente em metais preciosos e o seu desenho é atribuído ao escultor Kálamis. As do lado leste descrevem a Gigantomaquia (a luta entre os deuses do Olimpo contra os Gigantes ou Titãs) e as do lado oeste a Amazonomaquia (a mítica batalha dos atenienses contra as amazonas). As metópas do lado sul mostram a Centauromaquia Tessaliana (a batalha entre os lápios, ajudados por Teseu contra os centauros, meio homens, meio cavalos), à excepção de uma parte perdida. No lado norte, a decoração encontra-se muito danificada, mas parece referir-se ao saque de Tróia.
Estilisticamente, as metópas apresentam traços do estilo Severo na anatomia da cabeça das figuras, na limitação do movimento corporal e na presença de veias acentuadas nas figuras dos centauros. Várias figuras permaneceram no Partenon, mas com excepção das do lado norte, encontrando-se muito danificadas. Algumas estão no museu da Acrópole, grande parte no museu Britânico e outras no Louvre. O mais característico na arquitectura e decoração do templo é a existência de um friso jónico ao longo das paredes exteriores da cella.
Esculpida em baixo-relevo, descreve uma idealizada versão de uma procissão pantenaica do "Portão Dipilónico" em Carameico até a Acrópole. Nesta procissão, realizada cada quatro anos, atenienses e convidados participavam oferecendo sacrifícios e novas roupas (peplos, feitas por jovens nobres atenienses chamadas ergastinas) em honra da deusa Atena. O friso foi feito no próprio local e está datado de 438 a.C..
A riqueza da decoração do templo é única para um clássico templo grego, mas está de acordo com a sua utilização como câmara, no opisthodomus (salão oeste na parte de trás da cella) espaço reservado à guarda do tesouro da Liga de Delos.
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